Boas-vindas!

Bem-vindos ao blog PROJETO POETAS LATINOS!


Criado por nossa firma, Cyclicus Editorial, o PROJETO tem como objetivo inicial publicar, em volumes uniformes, as obras completas que nos chegaram dos poetas do período de maior efervescência da literatura latina clássica, isto é, os séculos I a.C. e I d.C., de Lucrécio a Juvenal. Dentro desse objetivo, lançamos o blog homônimo para podermos divulgar o PROJETO e manter o leitor a par das novidades.


Se é lícito defender o ineditismo e a relevância de nosso empreendimento, observaremos apenas que jamais algo parecido foi tentado na história editorial brasileira. Já se fizeram anteriormente, como todos sabemos, várias traduções de certos autores ou de obras específicas, em prosa ou em versos, seguindo os mais diversos critérios. No entanto, jamais testemunhamos uma iniciativa que colocasse todos esses nomes clássicos de uma das matrizes vitais de nossa cultura, e todo o seu espólio restante, ao alcance do leitor brasileiro, reunindo-os em uma coleção uniforme, com texto bilíngue, e empregando critérios definidos de tradução capazes de manter a fluência, a dinâmica e a expressividade métrico-rítmica dos versos originais.


Desde já, agradecemos a todos pelo interesse e apoio.


Acácio Luiz Santos.

domingo, 30 de dezembro de 2018

Mensagem de fim de ano


Em nome da Cyclicus Editorial, encaminho a todos os leitores e seguidores do blog PROJETO POETAS LATINOS meus votos de saúde, paz e prosperidade desde já, para essas últimas 40 horas do ano corrente, e para o ano novo que já se anuncia. Que 2019 seja um ano abençoado e possa trazer-nos muitas realizações, fazer frutificar as sementes que lançamos, e nos dar coragem para enfrentarmos eventuais obstáculos e seguirmos com passos mais firmes e decididos a cada dia na estrada de nossos sonhos e metas e assim alcançarmos nossos objetivos e desígnios mais desejados.

Feliz Ano Novo a todos!
Acácio.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Os poetas do PROJETO (século I a.C.)


O PROJETO POETAS LATINOS procurará editar, pela primeira vez em nosso idioma, as obras completas que nos chegaram desses talentosos e influentes artistas do verso, no período mais glorioso da literatura latina, em uma série uniforme. A primeira metade do PROJETO irá abranger os seguintes nomes, procurando lançá-los conforme a ordem cronológica de nascimento:

Lucrécio (Titus Lucretius Carus) (c.99 a.C. – c.55 a.C.). O grande poeta filosófico da antiguidade latina deixou-nos o monumental Da Natureza das Coisas, a que, ao que tudo indica, sua morte prematura, por volta dos 44 anos de idade, não permitiu dar um acabamento final.

Catulo (Gaius Valerius Catullus) (c. 84 a.C. – c. 54 a.C.). Esse mestre da arte lírica, também prematuramente falecido, deixou-nos 116 Canções de tema amoroso, satírico, confessional, elegíaco e mitológico, empregando metros variados.

Virgílio (Publius Vergilius Maro) (70 a.C. – 19 a.C.). Legou-nos três obras-primas, em gêneros diferentes: lírico (Éclogas), didático (Geórgicas) e épico (Eneida), tendo todas, em especial a última, exercido grande influência no período classicista moderno.

Horácio (Quintus Horatius Flaccus) (65 a.C. – 8 a.C.). O único poeta latino capaz de rivalizar com Catulo em seu talento excepcional de abordar temas e metros variados, na verdade excedendo-o em versatilidade técnica.

Tibulo (Albius Tibullus) (c. 55 a.C. – 19 a.C.). Notável poeta elegíaco, amoroso e introspectivo, de temperamento suave e sereno.

Propércio (Sextus Propertius) (c. 50/45 a.C. – 15 a.C.). Outro grande poeta elegíaco, passional e cívico.

Ovídio (Publius Ovidius Naso) (43 a.C. – 17/18 d.C.). Com Virgílio e Horácio, um dos três mais influentes poetas latinos no período classicista moderno, do Renascimento ao Barroco. Legou-nos uma obra extensa, que inclui, entre outros, A arte de amar e as famosas Metamorfoses, gigantesca reunião de mitos da antiguidade clássica.

Iremos apresentar ainda, para complementar alguns volumes, obras importantes de autoria anônima, além de autores ditos menores, não pela qualidade, obviamente, mas pela pouquíssima quantidade de poemas ou fragmentos que sobreviveram até os nossos dias. Entre tais obras, destacam-se os Poemas Priápicos (conhecido também como Priapeia); o Apêndice Virgiliano, que consiste em várias obras atribuídas antigamente a Virgílio; alguns poemas esparsos atribuídos antigamente a Ovídio; e os poemas de Sulpícia, uma autora ligada, como Tibulo, ao círculo do patrono das artes Marco Valério Messala Corvino.

Acácio Luiz Santos.

domingo, 23 de dezembro de 2018

Mensagem de Natal


Em nome da Cyclicus Editorial, venho desejar a todos os leitores e seguidores do blog PROJETO POETAS LATINOS um excelente e feliz Natal, digno, em fé e amor, em esperança e solidariedade, da mensagem Daquele em honra do qual promovemos essa Festa íntima em nossos corações e a compartilhamos com familiares, entes queridos e a comunidade.

Paz de Cristo, saúde e bem-aventuranças a todos,
Acácio.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Um testemunho de amizade


Lucrécio (Titus Lucretius Carus). Da Natureza das Coisas.
I,136-145
As descobertas obscuras dos Gregos, não o nego, são árduas
de ilustrar ao ânimo em ásperos versos latinos
― em especial, como se hão-de expressar muitas novas palavras ―,
pela pobreza da língua e a feliz novidade do assunto.
Tua viçosa virtude no entanto, e a agradável volúpia 140
da amizade suave, a aturar qualquer dura empresa
me persuade e induz a velar longas noites serenas
a procurar com que ditos e cantos enfim eu consiga
com êxito diante de ti colocar clara luz em tua mente
para que possas ’studar com afinco as coisas ocultas. 145

Em várias passagens de Da Natureza das Coisas, Lucrécio admite a dificuldade de comunicar em língua latina as ideias novas trazidas pelos gregos. Se, por um lado, essas passagens se exprimem conforme um recurso retórico convencional – o do autor que admite sua dificuldade em expor o assunto em questão, mas que mesmo assim tentará dissertar sobre ele, empenhando o melhor de seus esforços para trazer ao público algo digno de atenção – , por outro, Lucrécio habilmente o associa a um ato de amizade: ele se esforça para trazer belos versos de correta razão a Mêmio, não apenas movido por mero dever de ofício, como professor dele, mas comovido de afeição, pela virtude e amizade do pupilo. Lucrécio, portanto, redimensiona e ressignifica o valor da amizade, trazido da leitura de Epicuro, e, com seu canto, afirma seu ser triplamente: como mensageiro de uma boa nova; como digno amigo; e como poeta. Esse mesmo canto, por sua vez, dará ao destinatário e leitor-alvo, Mêmio, uma tripla dádiva: a doutrina que Lucrécio acredita ser a via para a verdadeira felicidade; um testemunho e prova de amizade; e o usufruto de versos executados com amor, habilidade e carinho, numa bela afirmação do verdadeiro sentido da vida.

Tradução e comentário:
Acácio Luiz Santos.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Os protagonistas da natureza


Lucrécio (Titus Lucretius Carus). Da Natureza das Coisas.
I,54-61.
Ora sem mora a suprema ― do céu e dos deuses ― razão
a explicar principio e a origem das coisas explano: 55
como a natura concebe as coisas, e acresce, e nutre,
e como restaura o que anteriormente havia destruído;
e como nós, à matéria e aos corpos gerantes das coisas
a restaurar, com razão nomeamos sementes das coisas,
como de outra maneira chamar costumamos a eles 60
corpos primeiros, que deles primeiro existem as coisas.

Embora o estudo da natureza em Lucrécio, como em seu mestre Epicuro, não seja um fim em si mesmo, ele não deixa de ser imprescindível, pois constitui-se como um meio para o homem compreender como chegar ao usufruto da verdadeira felicidade. No primeiro livro de sua obra magna, ele procurará explicar os fundamentos e condições a partir dos quais a natureza opera e, desde já, apresentará os protagonistas da, por assim dizer, máquina do mundo: os átomos. Conforme a lição de Demócrito de Abdera, estas partículas (que significam “indivisível” em grego), são o fundamento eterno e infinito das coisas. Epicuro, por sua vez, aceita a teoria atomista de Demócrito e, como tal, ela será desenvolvida em versos por Lucrécio, que presta, aliás, mais de uma vez em seu poema, tributo a Demócrito. Observemos que Lucrécio jamais emprega a palavra grega, preferindo utilizar, para se referir aos átomos, uma variedade de termos: primeiros princípios das coisas, primórdios das coisas, corpos gerantes das coisas, sementes das coisas, corpos primeiros. Isso se torna para ele uma vantagem, pois lhe permite, conforme a métrica o exige, preencher a medida do verso através da seleção da variante mais adequada para cada caso, procedimento que aliás seguimos em nossa tradução. Além disso, com essa opção, Lucrécio põe em destaque não a mera propriedade física (a indivisibilidade) dos átomos, e sim a funcionalidade deles na natureza, de se combinarem para gerar todas as coisas existentes e, após algum tempo, de dissolverem seus arranjos e, novamente livres, criarem outras coisas. À eternidade dos átomos, princípios de todas as coisas existentes, opõe-se a transitoriedade de todas as coisas: tudo o que é criado no mundo – e o próprio mundo! – em verdade terminará por se dissolver. Destacando esta faceta dos átomos, o poeta Lucrécio prepara o espírito do leitor para reconhecer a efemeridade das coisas e, assim, abandonar o medo de morrer e buscar os verdadeiros prazeres da vida, no curto evo que cabe a cada um e que não deve ser desperdiçado em vão.

Tradução e comentário:
Acácio Luiz Santos.

Lucrécio e os deuses


Lucrécio (Titus Lucretius Carus). Da Natureza das Coisas.
I,44-49
A natureza dos deuses inteira requer, por si mesma, 44
que seja fruída de vida imortal em suprema concórdia, 45
longe de nossos assuntos, de tais afastada e excluída;
e, isenta de dor por completo, e também de perigos isenta,
dona dos próprios recursos, de nós carecida em nada,
nem é cativa de dádivas, nem é tomada de ira.

A tarefa que Lucrécio se impõe em sua obra magna, Da natureza das coisas, é, basicamente, explicar em versos os fundamentos da doutrina epicurista a seu discípulo Mêmio, empregando todos os recursos poéticos e retóricos cabíveis, oriundos de sua rica formação cultural. Para realizá-la, Lucrécio precisa no entanto convencer Mêmio a aceitar quatro ideias: os deuses possuem uma natureza fundamentalmente diversa da que rege este nosso mundo; por serem imortais, invulneráveis e autossuficientes, eles não se sujeitam a dores nem perigos; eles ignoram por completo este nosso mundo e absolutamente não se interessam por ele; finalmente, é inútil ao homem tentar agradá-los para obter préstimos ou apaziguá-los para evitar castigos. Tendo sempre em mente a cultura politeísta vigente na civilização romana e sua importância para a vida moral, social e política de seus cidadãos, podemos avaliar a dificuldade de Lucrécio em trazer uma ordem de coisas tão contrária às ideias correntes sobre os deuses. Como ele resolverá essa dificuldade? Debatendo-as longamente, uma a uma? Desafiando a ordem constituída, acusando-a de equivocada? Nada disso. Em vez de discutir longamente essas ideias cruciais para o propósito da obra, ele as reúne logo antes da exposição em seis linhas sucintas, apresentando-as sem preâmbulos, para um maior impacto no leitor. Tomado de surpresa, este irá percebendo, no decorrer da leitura, o sentido maior delas: para o homem alcançar a felicidade, alvo último do pensamento epicurista, ele deve restringir seu estudo à natureza das coisas do mundo, do seu mundo e, assim, afastar o temor da morte e de castigos eternos. O homem, portanto, não precisa temer os deuses, nem cometer atos horrendos, como sacrifícios humanos, para obter favores deles. Por outro lado, a busca razoável de felicidade fará com que o homem atinja uma beatitude e tranquilidade de ânimo digna dos deuses. Assim, mais uma vez, testemunhamos o brilhantismo poético e retórico de Lucrécio, capaz de traduzir todo um sistema de pensamento em imagens impactantes de ressonâncias cosmológicas.

Tradução e comentário:
Acácio Luiz Santos.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Um discípulo hesitante


Lucrécio (Titus Lucretius Carus). Da Natureza das Coisas.
I,80-83
E isto receio de tais assuntos: que acaso te creias 80
a inserir na razão alguns ímpios princípios e à via
da iniquidade descer; mas a religião sicária
tem perpetrado ― ela mesma, de fato ― malévolos feitos.

O poema Da natureza das coisas é escrito para um destinatário específico: Mêmio, ou melhor, Gaio Mêmio, orador e tribuno (foi eleito Tribuno da Plebe em 66 a.C.), muito provavelmente protetor e patrono de Lucrécio, e que, como tantos homens públicos de Roma, buscava estudar as várias escolas filosóficas para extrair delas lições práticas para a vida pública. Sendo homem de ambições políticas, era natural, portanto, que Mêmio, apesar de seu interesse na então influente escola epicurista em Roma, se sentisse pouco confortável diante das entusiasmadas afirmativas de seu amigo e mestre Lucrécio, especialmente no tocante à não participação e à não intervenção dos deuses em nosso mundo e aos violentos ataques contra ritos cruéis efetuados pelos homens em nome da religião. Pois para alguém como Mêmio, habituado à convivência com a elite política de Roma, a visão ateísta (em seu sentido primordial, de total afastamento, ou desinteresse, dos deuses pelos nossos negócios) decantada por Lucrécio deveria equivaler a um verdadeiro convite à iniquidade e à perda completa dos valores que norteariam a existência social. A essa permanente inquietação de Mêmio, Lucrécio responderá, com admoestações e exemplos, que é justamente o homem, por medo da morte e de castigos eternos, que perpetra, em nome da religião, os piores feitos. De qualquer modo, apesar de seu compreensível espanto e hesitação, e de muito provavelmente ter moderado certos pontos da doutrina epicúrea em sua vida prática, Mêmio não desanimou de estudá-la, como dão testemunho as várias menções que Lucrécio faz a ele como interlocutor, espalhadas nos seis livros de Da natureza das coisas, além de seu carinho e demonstração de amizade pelo patrono e discípulo, que ele fez questão de deixar registrados na obra.

Tradução e comentário:
Acácio Luiz Santos.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Matriz hínica e propósito didático


Lucrécio (Titus Lucretius Carus). Da Natureza das Coisas.
I,6-20
Deusa, de ti se afastam os ventos e as nuvens celestes,
e, ao teu advento, a teus pés variegada a terra suaves
flores estende; a ti as marítimas vagas sorriem,
e apaziguado o céu se ilumina com brilho difuso.
Logo que se anuncia o semblante primevo do dia, 10
e ora liberto vigora o favônio sopro nativo,
já as aéreas aves te saúdam, e tua chegada,
deusa, tocadas nas cordas cordiais pela tua vigência.
Tal como as feras perseguem ovelhas por ledas pastagens, 15
varam velozes correntes: assim à mercê de encanto 14
quem tu induzes te segue voraz a qualquer prazo ou plaga. 16
E finalmente por mares, e rios revoltos do monte,
pelas frondosas moradas das aves, e por verdes campos,
brando amor incutindo a todos no peito, tu intimas
que as gerações com vigor se propaguem conforme as espécies. 20

Após a invocação de abertura da obra, Lucrécio nos exibe seus dotes de poeta hínico. Vênus é aqui representada como o centro irradiador da harmonia do mundo. Ela chega e toda a natureza lhe sorri em resposta, reconhecendo sua prerrogativa de inspiradora da volúpia e da fertilidade: os ventos e as ondas se abrandam, a terra flori, o céu brilha e as aves cantam em sua honra. E nada mais justo: nenhum ser vivente escapa ao seu encanto, nem os homens, nem as feras, tão-pouco as aves e os habitantes das águas. E isso é, legitimamente, o mais profundo significado do divino panteão mitológico greco-romano. Os principais deuses simbolizam as vocações mais imprescindíveis ou inevitáveis da aventura humana. Honrá-los expressa, assim, nossa ânsia mais essencial, de que possamos fazer jus, ou fazer frente, a essas vocações e afirmar decididamente nosso ser nesta trajetória. Dessa forma, a matriz hínica se harmoniza com o propósito didático da obra: sermos dignos e partícipes dessa vocação para a volúpia. E, como Lucrécio irá expor, seguindo sua tão querida escola epicúrea, para obtermos êxito precisaremos satisfazer três condições. Inicialmente, estudar a natureza, buscando entender sua origem e suas regras. Além disso, apreciar o prazer com moderação: dominá-lo, e não ser dominado por ele. E finalmente, libertar-nos do temor religioso (em verdade, supersticioso) da morte, temor este que acarreta a perda de toda a alegria de viver.

Tradução e comentário:
Acácio Luiz Santos.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Uma abertura cósmica


Lucrécio (Titus Lucretius Carus). Da Natureza das Coisas.
I,1-5
Tu, geratriz dos Eneidas, volúpia de homens e deuses,
Vênus nutriz, por sob as divagantes esferas do céu
tanto as terras frutíferas quanto o mar navegável
tu coordenas, que apenas por ti toda espécie animada
é concebida e vislumbra a do sol claridade intensa. 5

Logo no início de sua obra Da natureza das coisas (De rerum natura), Lucrécio exibe o seu brilhante talento poético. Ao evocar Vênus, a deusa do amor, ele lembra que toda a estirpe romana provém de Enéas e, por conseguinte, possui virtude guerreira. Mas o herói Enéas é filho de Vênus; portanto, seus descendentes, mais que nenhum outro povo, carregam no sangue a volúpia da vida. Com efeito, de Vênus provém a inspiração criadora dos homens, bem como o impulso amoroso que exige, de todas as espécies, que se reproduzam, despertando em cada uma delas a volúpia do gozo. Nesse sentido, Vênus é sim, e de certa forma mais do que Júpiter, a efetiva regente do mundo, a responsável pela renovação contínua das gerações dos seres pelas terras e mares. No vivificante ato da leitura, várias medidas, várias perspectivas podem ser aplicadas para se avaliar a grandeza de um autor. E quantos, como esse brilhante poeta (de quem tão pouco sabemos), conseguem sugerir todo um cosmo apenas nas cinco linhas iniciais de sua obra?

Tradução e comentário:
Acácio Luiz Santos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Boas-vindas!


Bem-vindos ao blog PROJETO POETAS LATINOS!

Criado por nossa firma, Cyclicus Editorial, o PROJETO tem como objetivo inicial publicar, em volumes uniformes, as obras completas que nos chegaram dos poetas do período de maior efervescência da literatura latina clássica, isto é, os séculos I a.C. e I d.C., de Lucrécio a Juvenal. Dentro desse objetivo, lançamos o blog homônimo para podermos divulgar o PROJETO e manter o leitor a par das novidades.

Se é lícito defender o ineditismo e a relevância de nosso empreendimento, observaremos apenas que jamais algo parecido foi tentado na história editorial brasileira. Já se fizeram anteriormente, como todos sabemos, várias traduções de certos autores ou de obras específicas, em prosa ou em versos, seguindo os mais diversos critérios. No entanto, jamais testemunhamos uma iniciativa que colocasse todos esses nomes clássicos de uma das matrizes vitais de nossa cultura, e todo o seu espólio restante, ao alcance do leitor brasileiro, reunindo-os em uma coleção uniforme, com texto bilíngue, e empregando critérios definidos de tradução capazes de manter a fluência, a dinâmica e a expressividade métrico-rítmica dos versos originais.

Em nossas próximas postagens iremos trazer uma amostra de nossa tradução, começando com Lucrécio e seu imponente poema didático, Da natureza das coisas, que será objeto do primeiro volume da série, a ser editado em breve.

Desde já, agradecemos a todos pelo interesse e apoio.

Acácio Luiz Santos.